As crianças brincam de faz de conta e inventam. Ora são fadas, ora são bruxas. Podem ser professoras, médicas, mães ou pais, com mudanças de papéis em questão de minutos. A brincadeira para elas não tem um valor de passatempo, mas de criar recursos para enfrentar o mundo com os seus desafios. O fazer de conta, em geral, cria situações que as auxiliam no desenvolvimento da criatividade e da autonomia. Durante as brincadeiras em grupo, as crianças têm a possibilidade de enfrentar os desafios propostos em prol do equilíbrio nas relações sociais. Trata-se de uma aprendizagem para a vida adulta, já que é uma maneira de elas aprenderem a lidar com as suas frustrações. O brincar também auxilia as crianças na hora de lidar com os seus conflitos ou com situações de sofrimento. Dependendo da faixa etária, pode se tornar difícil falar de uma determinada vivência dolorosa. Mas, ao brincar, elas demonstram os seus sentimentos, além de se sentirem acolhidas. Um exemplo é o período de internação infantil, em que brincar de médico se torna um recurso importante. A criança passa do papel de paciente passiva para ativa ao cuidar de um boneco dodói . A partir dessa situação, os adultos próximos conseguem entender qual é a compreensão dela sobre a situação vivida, o que auxilia no oferecimento do suporte necessário de tratamento. Brincar é uma importante forma de comunicação e, por meio dela, a criança pode reproduzir o seu cotidiano. Mas vale lembrar que cada faixa etária tem uma necessidade e um interesse diferentes durante a brincadeira. Crianças muito pequenas têm maior dificuldade em dividir os seus brinquedos, enquanto as maiores gostam de jogos em grupo. O brinquedo não precisa ser caro, mas seguro e criativo. Assim, as sucatas coloridas podem ser um importante recurso para a confecção de objetos, como jogos de boliche, da velha e de encaixe, além de bonecos e fantoches, entre tantos outros. Para isso, basta apenas saber brincar.
Por Uninove - Saúde
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